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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Webje não vai mais existir.


Presidente da Gol descarta rever demissões após fim da Webjet 

O presidente da Gol, Paulo Kakinoff, disse nesta quarta-feira (28) que não há possibilidade de se reverter a decisão de encerrar as operações da Webjet e de demitir 850 funcionários da empresa.
“Não há possibilidade de reversão dessas decisões”, disse Kakinoff, após se reunir com o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, em Brasília, para discutir a fim da Webjet, anunciado pela Gol, sua controladora, na sexta-feira (23).

De acordo com ele, a empresa não recebeu, durante a reunião, pedido do governo para rever as demissões. “A desoneração na folha de pagamento não foi pauta e nem poderia ser porque o governo sabe do atual cenário do setor aeronáutico”, disse Kakinoff.

Fim da webjet
Na sexta-feira (23), a Gol anunciou a demissão de 850 funcionários como parte do processo de encerramento das atividades e da marca da controlada Webjet. Do total de 850, 143 são técnicos (comandantes e copilotos), 400 são de operação comercial e o restante é de profissionais do grupo de manutenção. A Webjet tinha um quadro de 1.500 funcionários. Uma parte será absorvida pela Gol.
A Gol concluiu a compra da WebJet em outubro de 2011, por R$ 70 milhões, além de ter assumido dívidas de cerca de R$ 200 milhões.

Capacidade ociosa
Segundo o presidente da Gol, o fim das atividades da Webjet está ligado à decisão de não mais utilizar os aviões da empresa, modelo 737-300, que segundo ele têm 21 anos de uso e consomem, em média, 28% mais combustível que os jatos usados hoje normalmente pela Gol.
“Uma vez que esses aviões se mostram totalmente inviáveis no Brasil do ponto de vista econômico e consideram que o preço do combustível representa aproximadamente 45% dos custos da aviação, tomou-se a decisão de nós não mais operarmos com esses equipamentos”, disse.
Sobre as demissões, Kakinoff disse que a Gol tem hoje capacidade ociosa – opera com cerca de 70% de assentos ocupados em seus voos -, o que permite a ela realizar os voos da Webjet. Por isso, a manutenção dos funcionários da Webjet não era necessária.
“A Gol opera hoje com capacidade ociosa e isso permite a ela absorver esses voos. E então ficaríamos com excesso de funcionários”, disse. De acordo com ele, as demissões e o fim da Webjet vão permitir à Gol “mitigar parte dos custos excessivos que estão fazendo com que a aviação no Brasil tenha o seu pior ano.”
Nos primeiros nove meses do ano, a Gol teve prejuízo de R$ 1 bilhão.
Com as demissões, afirmou ele, a Gol vai economizar, em um ano, R$ 90 milhões. Kakinoff apontou, porém, que mesmo com a medida a empresa terá aumento de custos, apenas com reajuste de tarifas aeroportuárias, de R$ 50 milhões no mesmo período.



Clientes da Webjet
Kakinoff disse ainda que a empresa já reacomodou em voos da Gol as pessoas que compraram passagem da Webjet. Ele não soube informar, porém, quantos passageiros foram atingidos pela medida.
“Todos os passageiros já foram realocados para voos da Gol e o planejamento está previsto para todos os voos, inclusive para o período de alta temporada”, afirmou.

Bittencourt
Questionado se o governo poderia tomar alguma medida em relação às demissões anunciadas pela Gol, o ministro da SAC, Wagner Bittencourt, disse depois da reunião que está “acompanhando” a situação. Ele apontou, porém, que é preciso levar em conta a situação financeira das empresas do setor.
“O governo sempre acompanha e discute todas as questões do setor, e nesse caso estamos discutindo. Agora, nós temos que olhar o interesse maior do setor, temos que analisar as situações, e estamos cobrando das empresas informações adequadas”, afirmou.
Bittencourt disse acreditar que o fim da Webjet “não causará problemas para o consumidor” e que “a Gol está tomando todas as providências” para atender aos clientes da empresa. Segundo ele, também não vai haver transtorno nos aeroportos durante o fim de ano.
“Teremos um final de ano tranquilo, com todos os aeroportos e empresas aéreas organizadas e planejadas. As pessoas podem ir tranquilas para as suas férias que não haverá problema.”
Sobre o aumento nas passagens aéreas e a possibilidade que isso seja agravado com o fim da Webjet, o ministro apontou que, nos últimos dez anos, o preço das passagens caiu mais de 40%. Ainda segundo ele, a competição no mercado aéreo brasileiro está garantida com a presença de TAM, Avianca e Azul.
“Temos quatro empresas operando no país. Não existe monopólio, mas sim uma competição grande entre elas, com novas entrantes aumentando a sua participação, como é o caso da Azul”, disse Bittencourt.

Fonte: G1  

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