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domingo, 27 de fevereiro de 2011

O dilema do aeroporto 2: a vez do Diomício Freitas

Como na postagem abaixo o Navegantes Airport tinha publicado o mais novo aeroporto de Santa Catarina o de Jaguaruna, muito proximo do aeroporto de Criciuma, veja abaixo a noticia que saiu na internet postado por Ademar José Fabre , no site ENGEPLUS TELECOM.

Entre as inúmeras inconsistências do estudo preliminar de viabilidade do Aeroporto Regional, há muito em fase de implantação em Jaguaruna, destaca-se o pressuposto de que o Aeroporto Diomício Freitas deixaria de oferecer linhas comerciais, passando a funcionar apenas como um aeródromo executivo.
Essa pré-condição, um tanto precipitada e sem bases técnicas, deixou de considerar que Criciúma já dispunha de linhas comerciais, com maior ou menor regularidade, desde 1958, com o velho aeroporto Leoberto Leal, do bairro Santa Bárbara.
A demora e as dificuldades/incertezas que o projeto do regional vem enfrentando para funcionar e oferecer voos para a região sul, justificam a necessidade de não só manter, como melhorar a oferta de voos pelo Diomício Freitas, se possível ampliando o número de linhas e/ou oferecendo aeronaves de maior porte, sobretudo com destino a São Paulo.
Após os voos irregulares e descontínuos da TAM, nos anos 2006/2007, afinal suspensos por alegadas insuficiências técnicas/insegurança daquele aeródromo, a linha atual da TRIP, feita por aeronave de menor porte, vem desempenhando razoavelmente seu papel, ao oferecer ligação diária da cidade com a capital paulista.
Em paralelo a esses fatos, a cidade/região carbonífera multiplicam, ano a ano, seu potencial de demanda de passageiros diários para os grandes centros do país, senão em aeronaves de grande, pelo menos de médio porte.
É o caso, por exemplo, da usina termelétrica a ser implantada em Treviso (USITESC), do centro de pesquisas da SATC (CTCL), sem contar a nova fase do Criciúma Esporte Clube, que, já na série B, aspira, em médio prazo, ascender para a série A do campeonato brasileiro.
São fatos que levam a pensar-se na melhor utilização do aeroporto, a começar pela retomada do seu projeto de revitalização, abandonado em momento polêmico, quando até parte da imprensa e empresários não valorizaram devidamente as melhorias previstas para o nosso antigo e bem localizado aeroporto municipal.
O acesso atual ao Diomício Freitas, com cerca de 9 quilômetros a partir do centro, ainda que relativamente curto, oferece alguma dificuldade relacionada com a falta de mobilidade urbana: Avenida Centenário congestionada em alguns horários, a perigosa passagem de nível da ferrovia e a lentidão do trânsito no bairro Pinheirinho, além de uma só pista da Avenida Universitária.
Como alternativa viável e sem os entraves apontados, pode-se pensar em acessar o Diomício Freitas pela Rodovia Luiz Rosso, a partir do bairro São Luiz, seguindo-se pelo anel viário desde o entroncamento da Primeira Linha, até a Avenida Universitária.
No entanto, a melhor opção seria substituir o segmento final do acesso atual, via bairro Santa Luzia/Santa Líbera, por um atalho de apenas 850 metros, rasgado a partir da curva do anel viário, nos fundos da SATC, cruzando o rio Sangão, com uma ponte simples e terminando defronte ao largo da estação de embarque.
Essa nova opção de acesso ao Diomício Freitas, de simples execução, encurtaria o trecho em cerca de 5 quilômetros, para quem procede das rodovias Alexandre Belloli (Primeira Linha) e Jorge Lacerda (Sangão-BR 101). Tal alternativa permitiria acessar o aeroporto praticamente sem semáforo, a partir do bairro São Luiz, percorrendo, também, cerca de 9 km, mas evitando as já apontadas dificuldades via bairro Pinheirinho.
Outra questão diz respeito à Administração do Aeroporto: aproxima-se o término do contrato de 5 anos com a Infraero e não há unanimidade sobre as vantagens de renovar tal convênio com aquela empresa estatal, tida como burocrática, lenta nas suas decisões e não propensa a investir no Diomício Freitas.
O município de Forquilhinha, segundo a imprensa, já externa desinteresse em retomar a administração do aeródromo que herdou de Criciúma, tendo presentes os prováveis déficits que enfrentaria com sua gestão.
A respeito, pode-se argumentar que, numa eventual devolução do aeródromo para Criciúma, Forquilhinha nada teria a perder, aliás, deixaria de arcar com a manutenção sabidamente onerosa e de retorno financeiro improvável.
Já o sul como um todo, e a região carbonífera em particular, só teria a ganhar com a reassunção do aeroporto por Criciúma, mesmo que o município tenha um ônus a mais, independentemente de a Infraero renovar ou não o contrato.
É que, além de deter maior peso político para negociar com qualquer esfera, Criciúma tem interesse direto, seja pela manutenção/eventual ampliação das linhas comerciais, utilizadas, na esmagadora maioria por criciumenses, seja pelo interesse de seus empresários, proprietários de aeronaves de uso particular ali sediadas.
Condições políticas para negociar o retorno do aeroporto não faltam: é do mesmo partido (PP) o Prefeito de Forquilhinha, o Vice de Criciúma, o Deputado Comin, que representa a região na Assembléia, mais três prefeitos da microrregião carbonífera, presumivelmente interessados em uma solução regional favorável para o caso.
No mais, é só pôr os interesses da região acima de questiúnculas municipais/particulares/pessoais e sentar à mesa para buscar a solução que mais cabe no caso: o retorno do Aeroporto Diomício Freitas para o município de Criciúma

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